Batismo de fogo
Kleber Batinga, Frank Faro e amigos fazem drop suicida em canoa havaiana em Itapuã
Por Kleber Batinga
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Galera faz drop ousado em canoa havaiana e capota em Itapuã. Foto: Arquivo pessoal Klebão.
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Guiados pelo nosso capitão Frank Faro na sua canoa havaiana, a Kaleopapa, dropamos uma onda animal em Itapuã, “Hawaiian Feelings”. A canoa é super segura e mesmo capotando ninguém se machucou. Acabei quebrando o dedo do pé na hora em que fomos retirar a canoa de cima das pedras na praia de Itapuã!
Fazia, no sábado retrasado, o meu treino de remada de SUP na rua K, em Itapuã, pois o mar estava pesado em outras praias, quando encontrei o meu grande amigo e atleta de esportes radicais, o remador Luciano Carvalho e Clovis Oliveira remando na Kaleopapa, uma canoa havaiana, uma canoa OC-6 de Frank Faro.
Logo chegou Frank todo alegre e animado como sempre, e me convidou para dar uma remada na sua canoa havaiana. O “Hawaiian Spirit” tomou conta de mim na hora.
Saímos para o que seria uma voltinha rápida no que seria a minha primeira vez, mas a canoa é muito rápida e já estávamos em Itapuã, em frente ao Cassas, quando pintou uma onda no outside, quebrando lá fora.
A onda espumou lá fora no terceiro reef em Itapuã, sabíamos que ela estava vindo com força e aí então o capitão Frank resolveu dropá-la.
A onda armou bonita e remamos com tudo botando pra baixo com vontade, mas no meio do drop a onda cavou muito e mesmo com a gente jogando o corpo todo para trás e para o lado da ama, a patola lateral, a canoa botou o bico lá embaixo. Frank nessa hora saiu ou foi lançado, pois estava na popa. Imaginem que a canoa tem uns 10 metros e pesa mais de 200 quilos.
Logo depois, Pedro também saltou. Luciano, que estava na proa, a essa altura já estava com água passando por cima dele e ai a canoa entrou de borda na onda, enchendo de água. Luciano mergulhou, ficamos eu e Clovis. Em vão tentávamos fazer um contrapeso jogando o corpo para o lado da ama. Fui o penúltimo a saltar, quando a canoa virou de vez.
Clovis é louco, pois largou o remo e se agarrou mergulhando junto e dentro da canoa de cabeça para baixo.
O resto foi um resgate dramático da canoa que atraiu curiosos para a beira da praia. Agradecemos à mãe da Luiza, que nos ajudou com os remos, e aos salva-vidas da área que nos ajudaram a retirar a canoa de cima das pedras. A gente saiu catando os remos e as coisas que estavam dentro da canoa e caíram na água na capotagem.
Sensação e adrenalina assim só no Hawaii! É como se tivesse dropado a maior da serie em Waimea... Depois fiquei em êxtase, não sabia se ria ou se chorava, mas a sensação de bem estar não parava... Mahalo, meu Deus. Obrigado, Senhor.
Foi demais, até agora dou risada à toa, como se algo maior tivesse iluminado aquele instante mágico da minha vida. Deve ser coisa dos deuses havaianos...
Mais 15 dias e estaremos de volta já devidamente consertados, a canoa e eu, para mais aventuras no mar... Aloha and thanks Mr. Frank Faro.